Direto da Adega: Saint Clémentin Chateauneuf du Pape 2005
Publicado por Blog Vinho SIM em 22.2.13 com Sem comentários
Quem vem acompanhando o Vinho SIM sabe que tenho
uma certa “mania” de guardar alguns vinhos aparentemente despretensiosos por
alguns anos e “ver no que dá”!
Na maior parte das vezes quando provo um vinho que
acredito ter bom potencial de guarda e possuo outras garrafas, acabo anotando
minhas impressões e guardando uma ou duas garrafas. Aqui no blog já comentei
alguns vinhos nestas condições, como o australiano Cape Mentelle e o brasileiro Família Piagentini Boutique,
dentre outros.
Antes de falar do protagonista desta brincadeira, o
Saint Clémentin Chateauneuf du Pape 2005, vou comentar um pouquinho sobre a
região e a denominação de origem que dão nome ao vinho.
Châteauneuf-du-Pape é uma AOC - Appellation
d'Origine Contrôlée (Apelação de Origem Controlada) localizada no sudeste da
França, nas imediações do Vallée du Rhône (Vale do Rhone). É uma das
denominações mais famosas da França e certamente a mais conhecida da parte sul
do Rhone.
A região recebe este nome pois a partir do século
14 foi residência do papa Clemente V e de toda a corte do Vaticano que, ao se mudarem, decidiram investir na construção de uma nova sede, carinhosamente chamada pela população local de château
neuf (castelo novo, em francês). Ao todo, 8 papados foram sediados na região e em comum a paixão de todos pelo cultivo da uva e a elaboração de vinhos, fatos que deram à região uma grande tradição na arte de fazer vinho.
A região possui cerca de 300 produtores que podem
mesclar até 13 uvas na elaboração, sendo as mais emblemáticas a Grenache (a
mais cultivada), a Mourvèdre e a Syrah, no entanto Cinsault,
Counoise, Muscardin, Terret Noir, Vaccarèse e as brancas Grenache Blanc,
Bourboulenc, Clairette, Picardin, Roussanne e Picpoul são todas autorizadas para a produção.
Feito esse micropanorama da região, vamos à
degustação do nosso Saint Clémentin Chateauneuf du Pape 2005.
Elaborado com Grenache, Syrah e Mourvédre e com
13,5% de álcool, apresentou coloração acastanhada de média intensidade, ainda
com algum brilho. Nariz cheio de frutas maduras e secas com toques de
especiarias. Na boca tem corpo médio, com bastante fruta e uma acidez
fantástica. Pouca presença de taninos e boa persistência. Foi uma ótima pedida
tê-lo aberto e tomado, mas não tenho dúvida que ainda poderia continuar bom por
mais diversos anos.
Avaliação VINHO SIM: ÓTIMO (16/20)
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