Pechincha do mês [SETEMBRO/2012]: Don Laurindo Merlot "Leve" 2012
Publicado por Blog Vinho SIM em 5.10.12 com Sem comentários
Mais uma novidade aqui no Vinho SIM!
A partir de setembro, vou indicar pra vocês o vinho de preço
mais acessível degustado por mim dentro daquele mês, que chamarei de PECHINCHA do
mês!
Como “preço acessível” é algo bem discutível, vou
estabelecer um teto de R$ 40,00, que só será ultrapassado no caso do vinho em
questão possuir uma relação QUALIDADE-PREÇO excepcional.
À medida do possível, vou fazer indicações de vinhos
provados em eventos que tiverem acontecido há pouco tempo, de preferência até
mesmo dentro do mês, para garantir que os vinhos indicados possam ser
encontrados pelos leitores.
Como já é praxe aqui no Vinho SIM, sinta-se à vontade
para comentar minhas escolhas, seja para acrescentar alguma informação,
discordar da análise ou fazer qualquer apontamento que julgue interessante.
Foi com grande satisfação que escolhi minha primeira PECHINCHA do mês, pois é um
vinho brasileiro, de uma vinícola butique de Bento Gonçalves, pela qual tenho grande admiração, a Don Laurindo.
Antes de falar da vinícola e do vinho - que me desculpem os leitores mais sensatos -, já imaginando que possíveis comentários possam surgir, eu gostaria de deixar clara uma posição minha e do blog Vinho SIM com relação à produção de material sobre vinhos brasileiros.
É fato que meu entusiasmo pelos vinhos brasileiros, outrora muito grande, diminuiu sensivelmente nos últimos meses, devido à postura de determinados produtores em relação às salvaguardas, porém acredito não ser justo ignorar completamente trabalhos que vêm sendo muito bem desenvolvidos por diversos pequenos produtores - que são sabidamente contra as salvaguardas - e "puni-los", boicotando seus vinhos.
O blog Vinho SIM já se posicionou algumas vezes contra as salvaguardas (relembre aqui), mas sempre apresentando argumentos visando a melhora da qualidade dos produtos e de ofertas no mercado brasileiro, jamais com comentários toscos ou com argumentos frágeis que generalizam toda uma classe de produtores que, na verdade, está "representada" nesta história das salvaguardas, por uma minoria poderosa (e canalha!) que se preocupa apenas com os interesses próprios.
Muito bem, depois deste esclarecimento, voltemos à Don Laurindo!
Os vinhos da Don Laurindo podem ser considerados a minha
porta de entrada ao mundo dos vinhos nacionais e até mesmo aos vinhos finos, há
muitos anos atrás, quando fui apresentado a eles pelo amigo Paulinho, até então
atendente de vinhos na Adega Tonel do Rudge, uma tradicional adega aqui do ABC,
muito conhecida pela venda de vinhos de mesa, mas que, nos últimos anos,
ampliou, e muito, seu portfólio de ótimos produtos.
Eu não sou um grande fã de Merlot e, ao contrário do que
dizem muitos especialistas brasileiros, não creio que os Merlots nacionais
sejam nossos melhores exemplares, mas neste vinho, o Merlot
Leve, acredito que a Don Laurindo tenha acertado em cheio!
Ano
após ano tenho provado este vinho e ele tem se mostrado sempre aquele companheiro
que jamais causa surpresas desagradáveis e que escolta com correção diversos
pratos do cotidiano, que geralmente são preparados sem uma grande quantidade de
temperos e com a simplicidade que tanto precisamos no dia a dia. Essa é a
grande vocação deste Merlot: ser o melhor possível no dia a dia.
Ainda não tinha provado esta safra, mas
tive o prazer de conhecê-la no Circuito Brasileiro de Degustação – São Paulo (leia o post com os destaques aqui) agora em setembro.
Este Merlot Leve, que nesta safra não recebeu este nome no rótulo, mas apenas Merlot Reserva 2012, guardadas as devidas proporções, é uma espécie de Beaujolais Nouveau da Don Laurindo, um vinho jovem, para ser consumido jovem e de forma despretensiosa. Como já é comum, ano após ano, a Don Laurindo acertou de novo.
Na taça tem uma coloração cereja-rubi de pouca intensidade e ótimo brilho, quase transparente, lembrando a coloração de alguns Pinot Noirs. No nariz, grande destaque para os aromas de morangos frescos e de jambo-amarelo, uma fruta não muito difundida aqui no Sudeste, mas de aroma bem marcante, que me lembra muito minha infância. Alguns toques de ervas frescas também aparecem, como hortelã e arruda. Paladar bem leve, com ótima acidez. Bem equilibrado. Pouca persistência, mas muito gostoso de beber. Recomendado.
Na taça tem uma coloração cereja-rubi de pouca intensidade e ótimo brilho, quase transparente, lembrando a coloração de alguns Pinot Noirs. No nariz, grande destaque para os aromas de morangos frescos e de jambo-amarelo, uma fruta não muito difundida aqui no Sudeste, mas de aroma bem marcante, que me lembra muito minha infância. Alguns toques de ervas frescas também aparecem, como hortelã e arruda. Paladar bem leve, com ótima acidez. Bem equilibrado. Pouca persistência, mas muito gostoso de beber. Recomendado.
Avaliação VINHO SIM: ÓTIMO / Relação QUALIDADE-PREÇO: EXCELENTE
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