Assim como na França,
sempre que pensamos em vinho pensamos em Bordeaux e Borgonha, na Itália, sempre que pensamos no maravilhoso líquido, duas regiões travam uma disputa à
parte: Toscana e Piemonte. E Brunello de Montalcino e Barolo são os grandes destaques
nessa disputa.
Já escrevi um pouquinho
sobre o Brunello de Montalcino aqui (leia) e agora chegou a vez de falar um
pouco sobre o Barolo, que é um vinho produzido nas cercanias da cidade de mesmo
nome no Piemonte, com a uva Nebbiolo.
A região do Piemonte
produz muitos vinhos além dos famosos Barolo, como os extraodinários Barbera,
os sempre surpreendes Dolcetto, os espumantes Asti, os famosos brancos feitos
com a uva Moscato, o quase “irmão mais novo” do Barolo, o Barbaresco, além de
muitos outros, mas deixarei para falar das outras estrelas da região em posts
futuros, me atendo, no momento, apenas ao Barolo.
Os Barolo são comumente
chamados de “rei dos vinhos”, justamete por ser considerado um dos melhores e, certamente, mais tradicionais vinhos do mundo. Sua composição deve
ser 100% da uva Nebbiolo, conhecida por gerar
vinhos com muita estrutura, taninos extremamente marcantes e muita
personalidade. Especialistas em videiras e parreiras, acreditam que a Nebbiolo
é autóctone do Piemonte, mas há controvérsias, uma vez que há relatos de
vinhedos muito antigos também na Lombardia. A primeira citação explícita desta uva na região do Piemonte data de 1268.
A área
de produção do Barolo tem como centro justamente a cidade de Barolo, situada
nas colinas de Langhe, próxima à cidade de Alba. Algumas da principais cidades
que compõe a zona de produção “Barolo” são Castiglione Falleto, La Morra,
Monforte d’Alba e Serralunga D’Alba.
É isso. Após entender um
pouquinho sobre a região, vamos ao “nosso” Barolo, o Massolino 2006.
Produzido
com uvas provenientes de Serralunga, na taça apresentou uma cor vermelho rubi
intenso com traços granada, límpido e com ótimo brilho.
Os
aromas florais e de cerejas e framboesas maduras se destacam de cara, sendo
acompanhados por toques tostados e algumas “pitadas” de especiarias. Taninos bem marcados e final longo.
Seria
redundante ressaltar a vocação gastronômica deste vinho, e como sugestão ficam as carnes de sabores marcantes, como um guisado de cabrito ou mesmo um cabrito
assado, linguiças de temperos fortes e, de preferência, defumadas, além dos fantásticos embutidos
italianos diversos.
R$ 260,00 (Grand Cru) | Álcool 13,5 – 14%
(apresentado assim pelo produtor)
Avaliação VINHO SIM: REFINADO
/ Relação QUALIDADE-PREÇO: BOA
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